Na quinta (11) e na tarde de hoje, a oposição conseguiu alguns avanços na luta para barrar os enormes retrocessos impostos pela reforma da Previdência.
Longe de ser uma vitória, já que a PEC 6 é uma proposta que esvazia a Previdência Social brasileira, a mobilização sindical e parlamentar na Câmara dos Deputados ajudou a aprovar em plenário mudanças no texto, que abrandam itens da reforma.
O tempo de contribuição mínima dos homens caiu de 20 para 15 anos e as mulheres poderão ter 100% da aposentadoria com 35 anos de contribuição, não mais 40. Em relação à mulher, há outro ganho: após contribuir por 15 anos, ela receberá acréscimo de dois pontos percentuais na aposentadoria a cada ano extra de contribuição (o projeto original previa um mínimo de 20 anos).
Dieese – Para o Coordenador de Relações Sindicais do Dieese, José Silvestre Prado de Oliveira, as mudanças acordadas na Câmara melhoram o texto em relação ao original, mas não diminuem o impacto negativo estrutural acarretado pela reforma. Silvestre afirma: “O conjunto da reforma é muito ruim. A nova regra de cálculo causa um rebaixamento global no valor dos benefícios e consequente empobrecimento da população. Impõe retirada de direitos, inviabilizando a aposentadoria de milhões de brasileiros”.
Sindicalismo – O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, diz que o pequeno avanço atende a demandas dos movimentos sindicais e sociais. “Mas em nada reduz a enorme perversidade desta reforma que foi estruturada para retirar direitos e recai, 100%, sobre a população mais pobre”, diz.
Fonte: Agência Sindical