A pesquisa mostra que pioraram a percepção dos brasileiros consumidores para os próximos seis meses em relação à situação financeira e as expectativas sobre a inflação e o desemprego, à renda pessoal, à intenção de realizar compras de maior valor e que o número de dívidas aumentou. Confiança do consumidor é a menor desde junho de 2001.
O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) caiu 4% em fevereiro frente a janeiro. Foi a quarta queda consecutiva do indicador, que alcançou o menor valor desde junho de 2001, afirma a pesquisa divulgada no dia 25 de fevereiro pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O INEC está 8,1% inferior ao registrado em fevereiro de 2014, diz o estudo.
Entre os fatores que puxaram a queda do INEC, está a piora da percepção dos brasileiros em relação à situação financeira e ao endividamento. O índice de situação financeira caiu 7,6% em relação a janeiro. O indicador de endividamento recuou 3,8% frente ao mês anterior, o que mostra o aumento no número de dívidas.
De acordo com a pesquisa, os consumidores também estão pessimistas em relação ao comportamento dos preços, do emprego e da renda pessoal nos próximos seis meses. O índice de expectativa de inflação caiu 2,1%; o de desemprego recuou 4,9%, e o de renda pessoal diminuiu 5,7% neste mês em relação a janeiro. Quanto menor o índice, mais pessimista é a expectativa. O economista da CNI Marcelo Azevedo destacou que o pessimismo do consumidor interfere na economia, pois pode se traduzir em menores compras e por consequência uma menor atividade industrial no futuro.
Feito em parceria com o Ibope, o INEC deste mês ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios entre 5 e 9 de fevereiro.
Fonte: Agência CNI de Notícias